Empregos mais propícios a acidentes de trabalho no brasil

Aqui você descobre tudo sobre os empregos mais propícios a acidentes de trabalho no Brasil, bem como as obrigações do empregador nesses casos!

 

Em primeiro lugar, é válido ressaltar que os incidentes variam de acordo com a situação a qual a sociedade vive, e portanto há um período de grande variáveis quanto aos setores mais propícios a acidentes de trabalho no Brasil.

 

Isso se deve em grande parte, a ocorrência da Covid-19, e por consequência, a necessidade de isolamento social que se deu durante cerca de 2 anos.

 

Apesar de a legislação brasileira abranger todas as áreas de atuação e ser rigorosa, sua aplicação deixa a desejar. 

 

O país possui diversas normas regulamentadoras que abordam cada setor de maneira específica, tratando de aspectos como ergonomia, luminosidade, demarcação do local de trabalho, entre outros. 

 

Empregos Antes da Pandemia 

 

Por volta de 2017, os setores que mais tinham acidentes de trabalho eram aqueles cujo trabalho era realizado em atividades essenciais, como extração de recursos de base e serviços de saúde. Tais como:

 

Exploração de Petróleo

 

Acidentes nas plataformas de petróleo, afastada da costa, são uma preocupação global.

 

Em muitos casos, erros graves acontecem e pela distância da costa retira a possibilidade de um socorro mais adequado, em casos de acidentes, o que eleva ainda mais os riscos.

 

A persistências desses erros, podem resultar em catástrofes que colocam em risco centenas de vidas e causam danos irreversíveis ao meio ambiente. 

 

Os perigos não estão apenas relacionados à extração, separação de gás, óleo e água, assim como ao armazenamento desses produtos, mas também ao sistema de flutuação da estrutura. 

 

Além disso, a possibilidade de explosões é um risco constante durante a exploração de petróleo, com potenciais vazamentos de gás e perdas de controle no armazenamento do óleo, tornando toda a atividade intrinsecamente perigosa.

 

Um caso marcante ocorreu em 2001 com a plataforma P-36 da Petrobrás, uma das maiores da época. 

 

A plataforma sofreu duas explosões em um tanque de óleo e gás, resultando na perda de 11 vidas, todos pertencentes à equipe de emergência. 

 

Por fim, 5 dias após o incidente, a P-36 afundou, levando consigo aproximadamente 1500 toneladas de óleo, que contaminaram extensas áreas do oceano e da costa brasileira. 

 

Agronegócio

 

incidentes na agroindústria são comuns, destacando a necessidade de priorizar a segurança dos trabalhadores.

 

Causas frequentes incluem defeitos em equipamentos, negligência em atividades, e fatores pessoais de insegurança. 

 

Com a modernização, o uso de máquinas aumentou, resultando em mais acidentes, especialmente entre trabalhadores rurais que operam tratores e maquinários.

 

Para reduzir os riscos, é essencial:

 

  1. Utilizar cada equipamento para sua finalidade específica.

  2. Transportar ferramentas manuais de maneira segura.

  3. Usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) quando necessário.

  4. Assegurar treinamentos mensais  de seguranças aos trabalhadores.

 

Construção civil

 

Esta área apresenta alto risco para os trabalhadores, sendo as quedas em trabalhos em altura uma das principais causas de morte.

 

Durante as construções da Copa do Mundo, foram registradas 9 mortes, sendo 4 por quedas. 

 

Além disso, em 2012, 70 trabalhadores morreram durante reparos de telhados, segundo O Globo.

 

Esses incidentes muitas vezes resultam da falta de treinamento, ausência de proteções coletivas e procedimentos seguros. 

 

Por outro lado, a falta de capacitação adequada é comum, e mesmo os profissionais bem treinados frequentemente enfrentam desafios de recursos para realizar os trabalhos com segurança.

 

 

Acidentes na pandemia 

 

Durante os anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia, foram registrados 675 mil Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs) e 163 mil afastamentos relacionados a casos de COVID-19. 

 

Nesse sentido, as ocupações mais frequentemente mencionadas nas notificações incluem técnicos de enfermagem (35%), enfermeiros (12%), auxiliares de enfermagem (5%), faxineiros (3%) e auxiliares de escritório (3%). 

 

Quanto aos afastamentos, as ocupações mais impactadas durante esse período foram faxineiros (5%), vendedores de comércio varejista (4%), alimentadores de linha de produção (4%), auxiliares de escritório em geral (3%) e motoristas de caminhão (3%).

 

 

Quais profissionais estão mais expostos a acidentes de trabalho no Brasil?

 

Hoje, as estatísticas mais recentes apontam para uma permanência do quadro que se instaurou durante a Covid-19.

 

Profissionais da saúde – 10,4% 

 

Profissionais de atendimento hospitalar enfrentam diversos riscos no ambiente de trabalho. 

 

Incluindo exposição a agentes biológicos, riscos químicos, lesões por material perfurocortante, estresse físico e mental, lesões musculoesqueléticas, riscos ergonômicos e incidentes com equipamentos médicos. 

 

Para mitigar esses riscos, é crucial que esses profissionais recebam treinamento adequado em segurança ocupacional, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e sigam protocolos de segurança. 

 

Além disso, programas de saúde ocupacional e medidas preventivas também são essenciais para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável.

 

 

Comércio varejista – ramo alimentícios

 

Profissionais do comércio varejista no ramo alimentício enfrentam riscos ergonômicos, quedas, exposição a temperaturas extremas, lesões por cortes e queimaduras, exposição a produtos químicos, entre outros.

 

Para amenizar esses riscos, é essencial que esses profissionais utilizem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), adotem práticas seguras de manipulação de alimentos e estejam cientes dos protocolos específicos de segurança do setor. 

 

 

Transporte rodoviário de carga

 

Profissionais no transporte rodoviário de carga enfrentam riscos diversos, incluindo acidentes de trânsito, fadiga e distúrbios do sono devido a longas jornadas, lesões musculoesqueléticas por atividades repetitivas.

 

Além disso, há também exposição a condições climáticas extremas, riscos químicos e ambientais ao transportar cargas perigosas, e problemas de saúde mental devido ao isolamento e pressões relacionadas ao prazo de entrega. 

 

Para diminuir esses riscos, é essencial que esses profissionais recebam treinamento em segurança ocupacional, adotem práticas seguras de condução, cumpram regulamentações específicas, realizem pausas regulares para descanso e estejam cientes dos impactos na saúde mental. 

 

Acidentes de trânsito, por falha mecânica nos automóveis das empresas.

 

Por outro lado, a manutenção preventiva dos veículos e a promoção de uma cultura de segurança são cruciais para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável.

 

 

Construção de edifícios 

 

Profissionais na construção de edifícios estão frequentemente expostos a possíveis quedas de altura, quedas de materiais, acidentes com equipamentos, exposição a substâncias tóxicas, lesões musculoesqueléticas e riscos elétricos.

 

Amputação dos dedos das mãos.

 

Bem como, condições climáticas extremas e corte/perfuração. 

 

 

A importância da segurança no trabalho

 

Percebe-se que há algumas coisas em comum para os três setores mais propícios a incidentes de trabalho no Brasil. 

 

É fundamental que, ao desempenharem atividades com risco inerente, os profissionais recebam treinamento em segurança ocupacional e façam uso regular dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

 

Além disso, o treinamento em segurança bem como a cultura ocupacional deve ser adequada ao tipo de atividade desempenhada. 

 

Bem como, a implementação de medidas preventivas e a promoção de uma cultura de segurança são fundamentais para assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável.

 

 

Qual o setor que mais houve acidentes e mortes?

 

Os profissionais do setor de atendimento hospitalar permanecem como o grupo mais impactado em termos absolutos.

 

No ano de 2022, foram registradas 55,6 mil ocorrências de incidentes comunicadas ao INSS relacionadas a esse setor. 

 

Além disso, outros setores com números expressivos incluem o comércio varejista de mercadorias em geral (18,5 mil), o transporte rodoviário de carga (13,5 mil), o abate de aves, suínos e pequenos animais (10 mil) e a construção de edifícios (10 mil).

 

 

Quais as causas mais comuns de acidentes de trabalho no Brasil?

 

Todo ambiente de trabalho apresenta riscos para os colaboradores, sujeitos a uma variedade de acidentes, sendo os mais comuns:

 

  1. Quedas em altura, seja durante atividades em locais elevados ou ao usar escadas.

  2. Golpes por ferramentas, resultando em cortes, fraturas e outras lesões.

  3. Movimentos repetitivos, propensos ao desenvolvimento de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

  4. Choques elétricos.

  5. Mau funcionamento de máquinas, gerando uma gama de lesões e incidentes.

  6. Cansaço e estresse, levando à falta de atenção e resultando em acidentes.

  7. Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional

 

 

A responsabilidade dos empregadores

 

Para reduzir os riscos é de suma importância que os empregadores façam investimentos não só em equipamentos de proteção, mas também na capacitação do time, e monitoramento de segurança adequado aos profissionais. 

 

Além disso, fazer manutenção periódica nos equipamentos utilizados no trabalho, bem como conversar com os colaboradores a fim de entender e sanar eventuais dificuldades na atividade laboral, a fim de evitar doenças ocupacionais.

 

Em conclusão, a análise dos setores mais propensos a ocorrências de trabalho no Brasil revela a importância crucial de implementar medidas eficazes de segurança ocupacional. 

 

Os profissionais em setores como atendimento hospitalar, comércio varejista, transporte rodoviário de carga, abate de animais e construção enfrentam riscos significativos. 

 

É imperativo promover uma cultura de segurança, oferecer treinamentos específicos para cada setor e assegurar a utilização adequada de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 

 

Além disso, políticas públicas e regulamentações devem ser continuamente aprimoradas para garantir ambientes de trabalho mais seguros e proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores em todo o país.

 

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